quarta-feira, 25 de julho de 2012

Lx - Badajoz pela ecovia 1 - dia 4


Dia 4 - Mora - Avis                                Albúm do quarto dia

Total Kms dia - 33,62 kms
Total Kms acumulados - 198,81 kms

€€€ 

6,17€ - parque campismo 
4€      - mercearia Cabeção
2€      - piscina Avis
9,5€   - jantar Avis 

21,67€

O dia de hoje reservava-nos, sem o sabermos, os melhores 3 kms da viagem! Mas já lá vai.
Primeiro fomos acordados por um gato atrevido do parque, que nos acompanhou enquanto arrumávamos as tralhas e comíamos o pequeno-almoço. Fomos pagar a nossa estadia, a tal tarifa internacional que se revelou simpática: 6,17€ no total (tenda e 2 pessoas). Tirámos a foto da praxe à porta do parque e seguimos em direcção ao fim do areal. 

foto da praxe à porta do camping


Aqui começa um trilho circular de 5 kms que permite ficarmos a conhecer as galerias ripícolas do açude do Gameiro. O primeiro kilometro e meio é feito num passadiço de madeira elevado que circula pela margem do açude com placas informativas sobre a fauna e a flora. KILOMETRO E MEIO disto (se souberem com rodar um vídeo digam-me please):




Nem queríamos acreditar no que lá vinha!

Brutal, ou não?


Quando o passadiço acaba, o trilho transforma-se num single track interessante que acaba de forma abrupta passados outro kilómetro e meio. E agora? Agora, tens de entrar numa casa abandonada do lado esquerdom atravessá-la e sair do outro lado!! As paredes internas foram destruídas de forma a que pudéssemos passar (mesmo à pele). 

Uma chicane de calhaus no single track


Ups! e agora?


TCHARAM!!!

Estes 3 kms foram votados por nós como os melhores durante a viagem. Aproveitámos para deixar um bilhete a desejar boa viagem a quem viesse atrás. 


Esta nota foi-nos devolvida em Elvas, 3 dias depois!!



O single track passa a um estradão e logo após há um entroncamento onde podemos optar por continuar o passeio que volta à praia fluvial ou então seguímos em frente até Cabeção. Foi o que fizémos o que nos valeu uma valente subida. "O que vale é que o Alentejo é plano!" - dizíamos nós sempre que apanhávamos uma subida valente. 

Ainda bem que o Alentejo é plano! ;o)


Lembrámo-nos que precisávamos de comprar fruta e vegetais frescos para o picnic que tínhamos programado na chegada à barragem do Maranhão. Fizémos um detour para o centro de Cabeção onde umas varredoras de rua extremamente simpáticas nos indicaram o caminho para um mini-mercado e aproveitaram para meter conversa com o Gugas. Comprado o pão, cenouras, tomates e fruta seguimos em frente. Fizémos um trilho para sair de Cabeção cheio de...portões. Sim, portões muito elaborados, alguns com muitos anos...mas sem muros, nem casas! Concerteza um caminho bastante concorrido noutra altura! ou isso, ou uma maneira sui generis de marcar os seus terrenos! 


Live to ride, ride to live


Regressámos a uma nacional e voltamos aos trilhos sempre a descer (uma descida bem grande) até cruzarmos com a ribeira da seda que tinha um grande caudal e passava por debaixo da ponte com grande velocidade. Ficámos com vontade de pôr os pés na água pois o calor já apertava, mas o acesso à ribeira era barrado e tínhamos a barragem do Maranhão à nossa espera. Comemos uns figos e seguímos. Passávamos por um autocarro escolar quando me lembrei que esta quarta etapa da ecovia 1 era a que maior desnível de cotas apresentava. O autocarro, que quase tombou para o nosso lado quando a rapaziada correu até às janelas para espreitar o puto carregado que pedalava pela sua terra, passou e a confirmação da minha memória apareceu escarrapachada à minha frente. 

A barragem do Maranhão aproveita um escarpado imponente para "entalar" as águas da ribeira da seda. Ora se há um escarpado imponente...há uma subida imponente! Lá soltei o típico: "ainda bem que o Alentejo é plano!", mas o Gustavo não estava com o mesmo sentido de humor.  



Foram 500 metros a empurrar a bicla e a puxar pelo Gugas. Durante essa distância o GPS foi mostrando a altitude a subir perfazendo um desnível de cotas de 50 metros! Eu ia sempre motivando o Gugas com promessas de água, muita água do outro lado do monte. E a água estava lá....mas longe. Não quis descer até à barragem propriamente dita e então lançámo-nos pela estrada a caminho de Avis (já lhe cheirava às piscinas). O calor apertava e a estrada ora subia ora descia. Lá chegámos a uma localidade onde parámos num lavatório público. Aproveitámos para descansar, molhar os pés (e as pernas) e almoçar. Quando dormitávamos chegou uma senhora para lavar a roupa e pedindo desculpa por nos incomodar abriu a torneira. Pensava eu que aquele barulho ia acabar passado 5 minutos, quando na realidade a torneira esteve quase meia hora a debitar água num caudal impressionante e ruidoso até encher um dos reservatórios...lá se foi o descanso. 

Vai uma italiana?

Continuámos, todos encharcados, passando por pisão e depois por uma estrada fenomenal com Avis ao fundo e bermas repletas por alcachofras em flor. Antes de chegar a Avis viramos em direcção à barragem e encontramos o clube náutico, o parque de campismo e... as piscinas municipais!

Avis àvis'ta!


Fizémos o check-in no parque e fomos logo para a piscina, que na realidade são 3, e gozámos quase duas horas de banho. COOL!


Gostámos tanto que voltámos para uma semana de férias com o resto da família!
   

Grande obra do Gugas: Um estendal para meias!

Bronze de...ciclista?

Matrecada pela noite fora