sexta-feira, 18 de maio de 2007

Na rota do Che...

O amigo Leotte e a sua lindíssima esposa continuam a viver o dia-a-dia em cima da "poderosa" na América do Sul. A minha inveja aumenta sempre que

vou checkar o seu BLOG

Go Leotte's........










quinta-feira, 10 de maio de 2007

Bullet cam

Prendi a máquina de filmar do Lidl à fita dos óculos no capacete....


Viajar de mota

Pelo meu amigo Carlos Cordeiro, viajante de mota que escolheu a Pan European para sua companheira de estrada. Possuí o dom da palavra, e no texto a seguir descreve o que sente a viajar...de mota claro! Um grande abraço.

"Ao viajar com a minha moto, o papel que desempenho é o que a moto me confere, o de motociclista e de viajante. Não outros. Sou, então, na medida em que viajo de moto, sempre que os outros assim o reconhecem.


A minha imagem altera-se, quando viajo de moto. Vestuário, alegria, poeira, bagagem, cansaço, curiosidade, misturam-se de forma exclusiva. A estética de viajante de moto expõe-me, distingue-me, é cartão de visita simples, agradável e seguro.


É da natureza que me aproximo quando, de moto, circundo as falésias durienses, trepo os Alpes ou sulco os diques holandeses. Estou ali, à distância de uma viseira, entre os odores, envolvido pelos sons, a olhar a paisagem. Ao viajar de moto, chego-me ao palpitar da cultura, quando entro em contacto com os aldeãos do Sul de Marrocos, paro para ouvir um cante alentejano, invado habitações trogloditas milenares no Perigod, escuto falar mirandês, troco impressões com “Motards en Colère”.


É liberdade que sinto, quando a moto me faculta ultrapassar os congestionamentos de Bordéus, me dá espaço cativo nos barcos para Tróia, permite lugar de estacionamento nos jardins do Casino do Mónaco ou nos Campos Elíseos, me antecipa portagens, ou fica ali, à minha vista.Quando viajo de moto, a comunicação com outros viajantes de moto é espontânea, a saudação e a troca de informações, imediata; o casal idoso do sidecar BMW incentiva-me a progressão na serra Nevada, o velejador francês da Goldwing convida-me para o bar em Annecy; o alemão da 650 acompanha-me na costa mediterrânea, o casal dinamarquês em Sion confessa-me estar em viagem há dois meses...


Aos locais, fascina o viajante de moto; uma criança marroquina acena-me longamente da traseira de um automóvel, um velhote sevilhano vem comigo ao outro lado da cidade, um austríaco em suspensórios deseja-me boa viagem, um pastor nos campos alentejanos de Ferreira cumprimenta-me de braço esticado.


Ao viajar de moto cumulo poder. Não para usurpar dos lugares ou hierarquizar relações, mas para desfrutar do espaço e me aproximar dos outros, para me associar à natureza e à cultura.


Viajar de moto é um pedaço de vida."

Carlos em Marrocos na companhia de Paulo Mafra

autores do livro "Viajar de moto, Destino Europa"



terça-feira, 8 de maio de 2007

Lousã - Estrela 2007


Após algum tempo sem actualizações apresento um pequeno relato do passeio do último fim-de-semana.

Considerado já um clássico nos Nomads, este ano o passeio ganhou nova configuração com o Guimarães a propôr-nos seguir o curso do Rio Mondego desde a sua foz até à nascente!

Assim sendo começámos o passeio na Figueira da Foz, seguindo a Lezíria do mondego até Coimbra.

Já em Coimbra, "provámos" um terródromo local (em plena cidade!!) com valas enlameadas que fizeram as primeiras vítimas!


Como combinado encontrámo-nos com outra comitiva numa rotunda de Coimbra...mas com 2 horas de atraso!!

Não admira que o pessoal começasse já a pensar na bucha do almoço!! :-)

Seguimos pelas escarpas que acompanham o rio Mondego ao longo da estrada da beira, até chegarmos perto de Penacova. Tempo para atestar motas e bucho! à beira do rio com direito a chouriço assado e tudo!

À tarde seguiram-se os trilhos da Aguieira a percorrer os vários braços da bacia hidrográfica causada por esta barragem. Subidas de declive respeitoso, recheadas de calhau solto típico de zonas de eucalipto fizeram as delícias da tarde! De tempos em tempos apanhávamos troncos soltos e muita folha....prego a fundo, para não ficar lá preso!


Hum...tenho q rever o apoio da mala do lado esquerdo!

Com algumas paragens pelo caminho chegámos a Santa Comba Dão um pouco mais tarde do que o previsto! Com jantar marcado no Albertino para as 20h, era melhor apanhar alcatrão até Folgosinho!

O troço Sta Comba Dão - Folgosinho fica para a próxima! :-(

A caminho do Folgosinho andei a testar umas filmagens com a máquina do Lidl presa na fita dos óculos...as filmagens para o dia seguinte prometiam!


Em folgosinho, jantámos no mais que conhecido "Albertino" que serve 5 pratos consecutivos, a saber Arroz de cabidela de coelho, feijoada de Lebre, cabrito assado, Leitão (falta-me um!!), depois de uns enchidos como entrada e seguidos de leite-creme, arroz-doce e requeijão com doce de abóbora. Tudo regado com branco ou tinto e até joi ;-) .


No fim pagas 11,5€ e ainda te oferecem um cafézinho e uma aguardente de medronho para o caminho! BRUTAL!

Encontrámos a "Rosa Brava" e o irmão....vedetas da reportagem da SIC!

Acampámos na Quinta das Cegonhas em Nabainhos. Muito agradável....apesar de caro!

...e sem bailarinas Russas ;-)





Após testar a tenda maravilha 1 second, estavamos prontos para subir a serra da Estrela até à nascente do Mondego!


Quer dizer....primeiro havia que ir a Gouveia atestar e tomar o pequeno-almoço....e tal... começamos a andar bastante tarde!! O único problema é que tinha horas para chegar! Afinal era o dia da mãe!



A partir deste ponto, deixei-me de me preocupar com as fotos.....a paisagem era deslumbrante, os trilhos porreiros, um grande sol brilhava mas havia uma brisa fresca a lembrar-nos que estávamos bem alto!

ah...e depois de fazer o filme, deixei cair a máquina, que depois de pisada por uma mota nunca mais foi a mesma :-(

Ainda deu para recuperar as fotos, mas não se vê nada no display!

É da maneira que deixei de tirar fotos (até parece que tinha tirado muitas!) e apreciei ao máximo a condução e a paisagem!


A nascente é conhecida como o Mondeguinho.

Ao chegar ao mondeguinho, foi altura de despedidas. Separei-me do grupo e desci até à covilhã via manteigas e o vale glaciar. (MUITO BOM....CURVAS E CURVAS sem ninguém).

Na cidade dos laníficios, atestei comi uma bucha e comecei a àrdua tarefa de rodar em velocidade de cruzeiro de 120 a 130 km/h com malas laterais pela A23 e A1 até casa.

Rodei cerca de 900km, a AT consumiu ao todo 53,72 litros, o que dá uma média de 5,96 l/100km.

(com quase 500 km de AE e malas laterais estou surpreso)

Muito obrigado pela oportunidade de ter feito este passeio com todos os presentes!

Bons amigos por maus caminhos!