O cicloturismo e a ferrovia são parceiros estreitos. Quer seja para sair de uma cidade densa e complicada, quer seja para evitar caminhos já batidos ou evitar circuitos circulares a deslocação de cicloturistas é feita preferencialmente por comboio. Os comboios são grandes, permitindo carregar bicicletas carregadas sem problemas, são mais confortáveis para longos cursos e é mais fácil conhecer um diagrama de rede de um comboio do que de um autocarro.
Regional do Algarve em 2009.
Acontece que em Portugal, circular de comboio não é o mais apelativo:
- Só podes circular em Regionais (tens de desmanchar a bicla toda para levar num IC).
- Não te garantem lugar no comboio pelo que tens de comprar bilhete dentro do mesmo.
- O que pode implicar ficares apeado num sítio que não tinhas previsto (dá um aura de improviso à viagem eheh).
- Ficas dependente da simpatia/humor do revisor.
- Se não tiveres atento pagas mais pela viagem, isto porque em alguns percursos fica mais caro comprar vários bilhetes (um por cada paragem) do que a viagem direta.
- E se te lembras de pedir a fatura, aí então estás tramado!
- Há composições de transporte de carga cuja porta ficam a uns bons 1,5 metros.
- Já me tiraram a bicla do vagão de carga pelos cabos.
Santarém (duh) em 2011
Enfim, é a política da empresa (CP) que não minha opinião tem a componente decisória muito afastada da componente operacional, o que causa um funcionamento pouco prático.
Estação do Barreiro no Natal de 1994
Por estas razões e pela vontade de ver este assunto melhorado no futuro o blog roadbook tem a alegria de vos apresentar uma petição pública criada pela MUBI.
Acedam através deste link e assinem!
Cool hein?
1 comentário:
Já assinei! Também me queixo do mesmo. é incompreensível como é que uma empresa como a CP não tem uma outra visão em relação à bicicleta. Se não sabe se original, podia muito bem copiar as congéneres espanholas e francesas, onde circular de bicicleta é muito fácil.
Cumprimentos
daraopedal
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