segunda-feira, 22 de junho de 2009

Touring: Setúbal - Olhão (dia 1)

Dia 1 - (31 Maio 2009)


Partimos com a bicicleta e a tralha toda na Pickup do meu sogro até Setúbal. A ideia era começar a viagem em Tróia: evitaríamos o stress da travessia do Tejo (torniquetes apertados) somado a um percurso muito batido e juntávamos um almoço de choco frito com a família para a despedida.
Chegados a Setúbal, descarreguei o material e carreguei-o na bicla. Descobri que tinha testado a cadeira do puto (que era emprestada) com alguma coisa mal montada. Desmontei e tudo e voltei a montar: estava bem melhor, já reclinava bem e não andava tanto aos saltos (que eu pensava que era normal da cadeira!!).

Montei os wide-loaders que me permitiram ter uma base mais estável para as malas, coloquei todo o material e fui dar a voltinha de teste. Estava porreira, com o peso bem repartido e a cadeira bem montada...espectáculo.



Levava do lado direito uma mala com a roupa, toalhas e chinelos dos 2, mais a tenda (optei pela tenda 2 seconds da decathlon), do lado direito a outra mala com os matelás e os sacos-cama, o material de cozinha e gadgets, uma cadeira dobrável e uma garrafa de 1,5 l de H2O. No Snap-deck ia um saco térmico com a comida para alguns jantares e para alguns pequenos-almoços.




Fomos comer o choco-frito, brindámos aos aventureiros e dirigimo-nos ao barco. Pagámos o bilhete e fomos arrumar a bicla a um canto. A família surpreendeu-nos e foi também connosco no barco: Afinal a avó Alice ainda não conhecia Tróia.




O cais de largada de passageiros na restinga estava "inundado" de pessoal. Eram carros por todos os lados, ilegalmente estacionados nos passeios o que obrigava a que ordas de veraneantes devidamenteequipados para passarem o dia inteiro no areal tivessem que circular na estrada que por si já é estreita. Foi uma aventura fazer os primeiros 300 metros da aventura! Passada essa distância há um terminal de autocarros que leva toda a gente gratuitamente parao centro de Tróia, o que me faz pensar o que fariam ali aqueles carros estacionados???



Mais despedidas, desta vez no terminal das camionetas e entrámos na estrada que acompanha a língua de areia que é Tróia. Seguimos para sul e apanhámos um tráfego típico de domingo solarengo. Passados pouco mais de 4 Kms tivémos de para pois a posição da cadeiraagora bem montada não era a ideal...os nossos pés chocavam ao pedalar. Numa berma mais larga alterámos a configuração da dita e estávamos prontos a continuar. Ao arrancar dei um encontrão sem querer ao conta-kilometros que saltou do sítio e foi ter ao meio da estrada.Um carro que passava na altura fez o favor de o esmagar, estragando as estatísticas de velocidade e distâncias deste relato ehehe.

Seguímos para a frente que atrás vem gente e parámos na Comporta a admirar as cegonhas. O Gugas adora animais e questionava-me sobre tudo: as cegonhas, os ninhos, os barulhos que faziam com os bicos e em especial as cobras mortas que jaziam no asfalto: "Coitadinhas das cobras, elas são apenas reptéis!" - Dizia-me, ao mesmotempo que dizia que os carros esmagavam tudo: "os repteis, os conta-kilometros"...que malandros ;o).

Desviámos para Pinheiro da Cruz, onde fomos ultrapassados por uma coluna de militares que, seguramente, estariam a fazer exercícios na zona. No meio de jogos verbais que faziamos e das milhentas perguntas de quando é que chegávamos ao acampamento, o Gugas diz-me que quando chegasse ia logo fazer xixi pois estava aflito!!! - "Na, na, fazes já, que ainda falta algum tempo!"- "Ai, ai que estou aflitinho."- "Aguenta filho, faz força".- "ups.."- "ups??"
O Gugas encharcou os calções todos. Desmanchámo-nos a rir! Ao menos não o fez na cadeirinha! Despiu-se e mudámos de roupa e "ala que se faz tarde".

Passámos o desvio para o camping da Galé, mas como era cedo e tinhamos partido tão tarde pensei em adiantar um pouco o caminho e acampar mais à frente. Já mesmo a chegar a Melides encontrámos um chibo preso por uma pata a tentar desesperadamente comer as folhas de uma figueira. É obvio que corremos ao seu auxílio. Foi um momento excelente com o Gugas a chamá-lo inocentemente de "Cabra grande acabado em ão" enquanto lhe dava as folhas da Figueira. A meio, o chibo ainda ameaçou uma bela marrada, mas foi só "garganta".

Isto fez-nos atrasar um pouco e uma neblina forte fez-me desviar para a praia de Melides. O segurança do Camping não nos deixou montar a tenda pois não tinhamos um cartão que nos atríbuia a condição de "campista"!! :oP

Ainda fomos ver se haviam alguns caravanistas perto da praia para montarmos tenda perto deles, mas não. Com tanta oferta de quartos para arrendar, ficámos numa casita simpática de um casal de velhotes igualmente simpáticos. Para delírio do Gugas o senhor tinha muitos animais, dos quais uma gata que tinha parido há algumas horas 3 gatinhos bébés.

Ainda fomos apanhar uma galinha a simular que era para o jantar...haviam de ver a cara do Gugas quando a apanhámos de facto!! NEM PENSAR...solta já a galinha! ehehehA custo levei-o para dentro do quarto onde tomámos um merecido banho e fomos cozinhar o jantar: Massa com atum e salada de tomate. De sobremesa comemos bolo da avó Alice e decidimos ir à "chinchada". Fomos ao quintal dos senhores apanhar umas laranjas espectulares, sumarentas e docinhas. Na cabecinha do Gugas havia um alto conflito: a brincadeira é gira e apetece-me uma laranja...mas "porque é que estamos a tirar isto na surrapa??" eheh Agora perguntem-lhe lá quais as laranjas mais apetitosas?? São as da chinchada!

Fomos passear depois de jantar. Encontrámos um baloiço preso a uma àrvore...melhor que a playstation! Ainda fomos beber uma bica ao café do parque onde fizémos o "registo" escrito e vídeo do primeiro dia.Voltámos para a casita, xixi e cama.

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