Kms dia: 66,92Kms
Acumulado: 199,98Kms
Custos: 17,24€
As manhã de segunda-feira são lixadas. São odiadas no mundo inteiro, geram milhares de cartoons, t-shirts, são sinal de obrigação, cansaço, fim do fim-de-semana. Para nós, em viagem é mais um dia! ;o)
Acordámos novamente com o sol a querer entrar pela tenda dentro. Muita humidade tanto na tenda como nas toalhas e calções que ficaram na corda. Aproveitámos o silêncio do parque para nos despacharmos. Tomámos o pequeno-almoço com a tenda e o resto a secar ao sol.
Retomámos a nacional do dia anterior. Eu desconfio que existem uns percursos porreiros por entre a mata e os vilarejos entre a Gala e as ciclovias da estrada Atlântica, mas como queríamos começar no apeadeiro do Carriço onde começam e não tinha mapa detalhado fica para outra altura. Assim percorremos a N109 com trânsito de segunda de manhã. Muito camião, muito barulho, mas fomos andando.
Segunda de manhã
N109 - de evitar
A vingança - descida
Soluções complicadas
Siga para a costa
Paragem para descanso...e vício
Ao chegar a Carriço passamos por uma rotunda nova de acesso à AE. Aqui a estrada perde a berma e começa uma subida lixada.
Tivémos que arranjar uma forma de circular melhor nas subidas. Chamávamos-lhe o "motor eléctrico". Sempre que o Gugas precisava de uma ajuda, eu passava para o seu lado e com o braço arranjava maneira de o empurrar. Isto obriga a que circule a seu lado, pelo que vou muito atento ao espelho e vamos sempre impondo a nossa posição na estrada para evitar razias. Nas curvas mais fechadas saía da posição "motor eléctrico" e íamos em linha novamente.
A circulação em par está prevista na alteração do código da estrada que entra em vigor já em 2014.
A nacional e a subida já impunham a paragem matinal para café e coca-cola, mas em Carriço os cafés pareciam estar todos do lado esquerdo da estrada. Quando apanhámos o começo da ciclovia íamos em descida e em "Gugês" isso significa "Nem pensar em parar".
Passámos um campo escutista logo ao princípio e depois fomos a gozar a descida, a frescura das sombras e o silêncio da ausência de carros até chegarmos a um ponto em que decidimos parar. Esticámos as esteiras num caminho florestal, bebemos água e comemos belgas. Estava a saber mesmo bem. Passou por nós um bttista que vinha do tal caminho que desconfio ir dar perto da Gala. Perguntei-lhe isso e quantos kms faltavam para a costa. Respondeu-me sem sair da bicicleta assim: "épá...eu vim da Marinha Grande e fiz 50Kms, boa viagem". Hum...obrigado...acho.
Numa ciclovia tão grande e pretensiosa, fazia falta mais informação sobre distâncias. (e já agora pontos de água se não for pedir muito! ;o)
Estiquei-me para dormir uma soneca. Apareceu um jipe da tropa que estava a patrulhar as matas nacionais. Pensei: "um gajo já não pode dormir uma beca?". Veio em modo de urgência perguntar se eu estava bem. Agradeci a preocupação. Desejaram-nos boa viagem e perguntaram se tínhamos mantimentos e água. 5 estrelas. Estávamos bem equipados e preparados para estarmos autónomos durante algum tempo. Orgulhosos e com tanto voto de boa viagem decidimos seguir. Não sem antes...jogar uma partida de "guerra". Um jogo de cartas que vamos melhorando de viagem para viagem. Já tem personagens, cartas mágicas, truques, formações, mega-combates, you name it.
Continuámos pelas matas nacionais com altas risadas, pois íamos a fazer imitações de familiares e amigos para o outro adivinhar. Foi assim até à praia de Pedrógão.
Jogo do adivinha quem é?
Uma subida que nos permite ter uma vista soberba sobre a mata
A lagoa da Ervedeira..uma boa alternativa à praia de Pedrógão
quando está vento e água fria (+ vezes do q o pretendido)
Transfega de água do jerrycan para as garrafas
Trabalho feito e almoço também
Couscous com atum, ervilhas e cenoura...yammi
A arte Xávega na praia de Pedrógão
A praia de Pedrógão é uma velha conhecida nossa, pois o Gugas esteve aqui de férias há uns anos com os avós e eu vinha visitá-los ao fds. A praia é muito fixe e a terra muito simpática. O Gustavo só se lembrou das férias aqui passadas quando viu o "café das gomas" :oP
Fui direto ao mercado mas já o apanhei fechado. Fizémos o almoço mesmo ali perto sob o olhar curioso e um pouco trocista de locais (ou turistas locais).
Nós troçámos de volta com o consolo do almocito.
Fomos comprar uns postais para escrever para casa. O Gustavo comprou uma revista do Phineas & Ferb e como estava calor fomos para uma esplanada beber café e ler. Vimos umas biclas de touring todas equipadas encostadas ao paredão mas não vimos os seus "ocupantes". Jogámos mais uma vez à guerra, agora com personagens (peões) e novas regras.
Depois do relax seguimos pela ciclovia. Andámos pouco tempo e encontrámos um sinal de estrada sem saída!!! Que raio. Lembrava-me de ter visto no GPS uma reentrada para o interior, mas os sinais eram de obras. Perguntei a uns senhores que vinham de carro. Disseram-me que era uma ponte que nunca mais acabava e que para tal tinha que ir por um caminho mau até à Vieira e voltar noutro igual até à Praia da Vieira. Isto tudo para atravessar o rio Lis. Ora no google maps a informação é contraditória:
Fizémos o "detour" mas mal atravessámos o rio Lis na Vieira fomos perguntar outra vez. O caminho não era assim tão mau e seguimo-lo. Chegámos à Foz do Lis onde realmente a ponte não existe...só os pilares. Engraçado foi ver pelo caminho a quantidade de construções naturais de pontões, mesas, cadeiras e churrascos para curtir o rio "Tom Sawyer Style" ;o)
Passámos a praia da Vieira, onde muita gente tinha mesmo pinta de estar ainda a ressacar da noitada anterior!! Continuámos pelas matas. A ciclovia é uma gigantesca reta onde a única forma de nos apercebermos da nossa localização é pelos igualmente gigantescos aceiros que cruzam a via na perpendicular. Quem atribuiu os nomes a esses aceiros não foi de modas e fê-lo com letras do alfabeto. De tempo em tempo aparecia um cartaz e uns bancos onde podíamos ver a nossa localização (se não estivessem vandalizados).
Comecei a reparar foi na quantidade de camarinhas (Corema Album) que existiam na mata. Numa paragem daquelas que ninguém pode fazer pelo Gugas, fui às camarinhas. Apanhei uma sacada e consolei-me. O Gugas foi a medo, mas depois até com bananas as comia! Lembro-me de estórias antigas em que pessoas (camarinheiros?) apanhavam camarinhas bem cedo pela manhã e iam vendê-las para a praia. Eu nunca os vi.
ó pó estilo!
Um estradão para abanar os ossos
A cabana do Tom Sawyer
o Tom Sawyer?
Xôr GMaps...a ponte que existe é isto!
Never ending line
Camarinhas
No arbusto
Como comer "camarinhas au banane" 1
2
3
4
5
6
Chegados ao aceiro "K" a estrada ganha curvas e "sobes e desces". Passamos pelas praias das mais espectaculares de todo o percurso. Com rios e mar, areal gigantesco...espectaculares. Mas o Gugas quer seguir para o camping. Damn it.
Encontramos os primos Filipe e Carla a passear perto do Farol do Penedo da saudade e ficamos a saber que o antigo camping da INATEL é ali mesmo. Agora gerido pela Campigir. Fixe.
Nota-se que já estamos em Setembro. Os preços desceram e os parques esvaziaram por completo!! Montámos campo e jantámos rápido pois o Gugas queria ver o pôr-do-sol. Fizémos uma sessão fotográfica fenomenal perto do farol!
Praias muito fixes
Bora lá? nã...
Encontrar família na estrada é fixe
Campo montado
Roupa lavada
Comer à pressa deu mau resultado
o pôr-do-sol
Fotos à Gugas
O Farol do Penedo da Saudade
Jogos de perspectivas
Kamehame
CALIPO!
Gigante!
Seguimos para o centro de S. Pedro de Moel onde comemos o gelado do dia. Pena é que tenha caído mal, pois parou a digestão ao Gugas que, após beber um chá quentinho vomitou tudo.
Xixi, cama. Neste dia o Gugas bateu o seu recorde pessoal, fez quase 67Kms.
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2 comentários:
Quase 67Kms... e o outro palonço armoado em bom e só tinha 50kms no lombo... pfff! :op
YA! ;o)
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