quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Os territórios do Noroeste!

O Gugas "ganhou" um livro do Lucky Luke do barbeiro pois portou-se bem ;o).
Era uma aventura do pistoleiro mais rápido do Oeste nas terras longíquas do Klondike!
Fiquei curioso e fui explorar dados sobre esta terra inóspita!
DEVE SER BRUTAL DE CRUZAR DE MOTA!!! nham

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Até que enfim!!




Ok...o mercado começa a compor-se! Conforme previa são os Europeus a espreitarem este nicho de mercado que são as maxi-trails mais viradas para o Enduro!


A yamaha ainda tentou com a nova Ténéré, mas parece-me uma tentativa muito fraquinha!


Agora é a BMW com a F800GS


"Overview of the main features of the new F 800 GS:
F 800 GS as mid-class adventure-tourer with excellent off-road properties and long-distance capabilities.
Liquid-cooled parallel twin with 798 cc capacity, four-valve technology and unique mass balance.
Rev-proof DOHC valve drive via cam followers.
Manifold injection with electronic engine management BMS-KP, lambda probe and regulated three-way catalytic converter plus secondary air system.
Closely stepped six-speed transmission for excellent riding performance.
Dirt-resistant secondary drive via O-ring chain.
Torsion-resistant tubular steel frame with unusual gusset plate reinforcement of steering head.
Easy handling and extremely tight turning circle.
Stable telescopic fork, USD fork with upright tube diameter 45 mm.
Double-strut swing arm in die-cast aluminum.
Spring strut with adjustable spring pre-tension and adjustable rebound damping; WAD function (path-dependent damping as in the R 1200 GS).
Long spring travel for comfort and off-road suitability.
Excellent seat comfort for rider and passenger.
Tank underneath seat, for best center of gravity, with easily accessible fill opening.
Powerful braking system, with ABS if required.
Air filter and battery positioned behind steering head for easy maintenance.
Wide range of accessories for off-road and touring use.
The most important details at a glance:
BMW F 800 GS
85 HP
Valve timing like F 800 S
Wide radiator
Off-road-look fairing
High windscreen
USD telescopic fork
WAD spring strut
Spoked wheels
21-in front wheel
Double-disc brake, floating, front
Aluminum handlebar
880/850 mm seat height
Ready-to-ride weight 207 kg "
VENHA AGORA A KTM COM A LC4690 ADVENTURE PARA UM COMBATE DE TITÃNS!!



quinta-feira, 11 de outubro de 2007

TRANS-AM trail

Estes gajos do lado de lá do grande lago (entenda-se oceano atlântico) têm espaço que se farta! E paisagens de tirar respiração!

Oklahoma to Oregon via o trans-an trail....do centro dos states até à costa passando pelas rocky mountains!


quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Frase a salvar o post!

Infelizmente não tenho tido muito para postar. Não tenho tido tempo para me coçar quanto mais para fazer TT. A minha africana só tem visto alcatrão...e sempre o mesmo :( casa-trabalho, trabalho-casa. A ver se a preparação de uma actividade dos escuteiros me leva a reconhecimentos lá para os lados de Montejunto ou Magoito!! ainda nem sei!

E como este post é uma beca PARVO, vou dar-lhe algum brilho com esta frase retirada deste report sobre uma viagem a Angola do forúm do ADVRIDER.

"Why Angola? Because there are no roads, no infrastructure, a place where one is dependent on yourself, no one else. It is where life tastes so much sweeter, because it is not taken for granted."

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Mais 2



Desta vez foi devorar a produção destes "CRAZY BASTARDS" ingleses....

Em 1995 lançam-se de DR350 para uma volta ao mundo muito louca!

Mal preparados e sem grande experiência, safam-se à paleta de um desenrascanço tipicamente português e muito boa disposição!

Fazem filmagens muito loucas e fazem a viagem a acampar no mato e refeições na fogueira (à la NOMAD).

3 ou 4 anos depois voltam com o Terra Circa, desta vez decididos a atravessar o "Zilov Gap" na Sibéria de mota, coisa que tinham falhado no primeiro filme.

Vingam-se à grande e intitulam-se os únicos a fazerem-no de mota, pois parece que já existe um trilho na zona.


Altamente recomendável! Para destabilizar o "Espírito livre" dentro de nós que reclama por VADIAGEM!!!

até ao fim do mundo - 2007

O Presid sabe como nos corroer com inveja! ;o)


segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Riding solo to the top of the world


Viajei com este senhor através do seu DVD!

Guarav Jani, pegou na sua Enfield Bullet e rumou sozinho desde Mumbai até ao planalto de Changthang na fronteira Indo-chinesa.

Este planalto localiza-se perto da cordilheira do Karakoram, e do Grande Himalaya. É um dos sítios mais altos e remotos do mundo.

Guarav faz planos incríveis numa zona de beleza inigualável. Sozinho tem que muitas vezes deixar a câmera no tripé, adivinhar o plano, a entra e saída de cena e voltar para a buscar! Muitos Kms extra deve ter feito e a consequente edição de imagem! ;o)

No fim resulta um documentário sobre os nómadas Chan Pas, relatado num inglês à APU, de uma simplicidade e beleza únicas.....aconselhável a quem tem o espírito livre!










terça-feira, 24 de julho de 2007

Ponta a Ponta (2)

Dia 2 (3 de Junho):

Às 9 da manhã estávamos prontos para arrancar. Com a chegada do Tiago e do pessoal do Porto éramos 9 em 7 motas e o QUAD.

Eram eles:

Quim & Rosalina - QUAD

Eu - AT Rd07

Jorge (MICHELL hehe) - XTZ

Paulo - F650

Tiago Rodrigues - AT Rd04

Rui "Thunderwalk" - R1200GS

Luís Caetano - R1150GSA
Pedro - Varadero



Lá arrancámos para os trilhos "romanos" apregoados pelo Quim envoltos num grande nevoeiro!

Andámos pouco pois após os primeiros paralelepípedos, as bugingangas do Jorge já vacilavam!





As subidas eram bastante inclinadas e com bastante pedra a meio. Certas zonas pareciam autenticos degraus, e ironizámos que mais parecia que estávamos a fazer o ralie dos Incas do que o PaP!

A meio do percurso virámos em direcção ao mar e fomos ter à praia de Afife a norte do farol Montedor.




A primeira paragem foi em Viana do Castelo para almoçar



Se não me engano o Luís despediu-se de nós aqui e encontrámo-nos com o Luís Borges e a sua AT rd07.

Devido ao encerramento por motivo de obras da ponte Eiffel (o Quim teve de ver com os próprios olhos eheh) tivémos que atravessar o Lima pela AE.

Daí até ao primeiro acampamento atravessámos montes de carreiros estreitos e amurados que chegaram a levar uma mala do Tiago.



.:: ::.

Ponta a Ponta IIª edição (1)


O primeiro "Ponta-a-Ponta" foi em 2003 e marcou-me.
A ideia de cruzar o país na diagonal, desde o ponto mais a Nordeste até ao extremo Sudoeste era tentador. Na realidade, ligar Rio de onor a Sagres mostrou-se fantástico. Uma verdadeira aventura, uma verdadeira expedição!

Circular em fora de estrada de mota, em autonomia e na companhia de grandes amigos é uma receita condenada ao sucesso...e assim o foi!

O único defeito foi o facto de eu ter, nessa altura, tirado apenas 1 semana de férias e o caminho ter-se realizado em semana e meia! Obrigou-me a abandonar a caravana mais cedo, com muita pena minha!

Este ano houve vontade em refazer o formato e assim se realizou o Ponta a Ponta IIª Edição!

ESTE ANO NÃO IA FICAR DE FORA POR FALTA DE FÉRIAS!!!!!

Com a indispensável, preciosa e formidável ajuda do Quim que reunindo tracks, criando routes e improvisando caminhos lá nos traçou uma linha na diagonal a ligar Caminha a Vila Real de Santo António.

Dia 1:

Dia 2 de Junho. Após o sucesso da primeira edição desta expedição NOMAD, estranhei o facto de pouca gente se "habilitar" a fazê-la na totalidade! Falta de férias para uns, outros projectos para outros, mas a verdade é que para os primeiros dias os inscritos não abundavam! Pena!

Como na anterior edição o Sábado era reservado à viagem até ao ponto de início da viagem, neste caso até à Foz do Minho, em Caminha!

Uma expedição destas, em que passamos vários dias a fazer TT e em autonomia, obriga-nos a uma preparação extra, que diferem do tradicional passeio e até mesmo da minha incursão a África em que tinha carro de apoio!

Com algumas lições apreendidas com a experiência, pois - "As boas decisões vêm da experiência, e a experiência vem das más decisões" - associadas a dicas de amigos e outras pesquisas, lá me preparei.

Desta vez obriguei-me a ter comigo no mínimo 2 litros de água ao chegar a acampamento! O maior erro que fiz na primeira edição e que me custou um princípio de desidratação!

Levei malas laterais rígidas, as Gobi, em oposição dos alforges de bicicleta que espatifei na primeira edição :os , e na mesma um saco impermeável no rack! Os racks laterais, apesar de não serem feitos para TT aguentaram a bronca, dobrando ligeiramente nos suportes mais baixos, algo que vou tentar remediar.

O facto de ter a "carapaça" de TT e casaco melhorou sobremaneira a segurança, pois com o calor insuportável escusava de andar mal-equipado ou a transpirar que nem um animal.

Levei ferramenta repartida pela mota, colocando as mais necessárias mais "à mão". Levei um pequeno compressor do chinês que valeu a pena.

Em matéria de campismo, tenho equipamento cada vez mais liliputiano e de melhor qualidade. Apostei na tenda-maravilha, que ganha cada vez mais pontos quanto maior o cansaço diário. A montagem automática e a auto-portantibilidade (?) vale ouro!

Outro pequeno mas valoroso acrescento de material foi o pequeno banco de campismo do decathlon! Para quem apregoa só aguentar 30 Kilos na etiqueta portou-se às mil maravilhas, aguentou comigo e com outros gordões (nunca ao mesmo tempo ahn... ;o) ) e está aí para contar a história!

Tudo o resto foram pequenos detalhes, que acrescentarei na historia a seu tempo.

Arrumei o material de véspera e na manhã de Sábado ultimei alguns pormenores.

Ainda a recuperar de uma gripalhada, fui aviar-me na farmácia de anti-gripal. A caminho da mesma apercebi-me que não tinha feito algo que me tinha proposto: Arranjar a "carapaça" de modo a que a protecção da "peitaça" não subisse e se alojasse no meu pescoço, perturbando irritantemente a condução!

Fui a correr até a uma retrosaria onde me venderam 4 "crocodilos" de suspensório bastante fortes e meio metro de uma fita resistente. Fui ter com a minha tia que me cozeu uns "mini-suspensórios" que para além de práticos fizeram furor!! ;o)

Adiante. Liguei ao Jorge a perguntar se me queria aturar na viagem até ao Minho. Tudo bem, mas só conseguia estar despachado lá para as 15h. No problemo, almoçaria com a Cristina para a despedida e ia no "stones" até Leiria, e assim o fiz.

Cheguei em cima da hora à bomba de Gasolina combinada. Montei a minha câmara "on-board" que consistia na camara digital do Lidl colocada por cima do reservatório de óleo do travão dianteiro, com um sinobloco feito de resto de matelá de campismo e preso por uma fita de plástico. Maravilha! Fui com a fézada que funcionaria pois o visor tinha deixado de bombar no Lousã-Estrela!

Coincidências das coincidências, chegou à mesma bomba de gasolina o Afonso, que tinha acabado de chegar dos States com uma Oregon Cientific toda XPTO para o Jorge! Ficámos prái uma hora à conversa, enquanto o Jorge prendia as bugigangas dele à Ténéré!

Quando chegou vinha altamente transtornado por me ter deixado ali à espera e prometeu-me que me pagava o jantar!!! (Mal sabia ele! ehehe)

Despedidas feitas e seguimos caminho pela nacional, AE, vias rápidas e nacional uma vez mais.

Chegámos a Caminha e prócuramos o pq de campismo da Orbitur, onde estavam apenas o Quim e a Rosalina. Contaram-nos que o Tiago vinha lá ter de manhã assim como o pessoal do Porto. Eles tinham conseguido boleia de um amigo de um fórum de Moto4 - o Lino - e estavam por ali desde a hora do almoço. O Quim não parava de falar dos trilhos Minhotos, da quantidade de pedra que íamos apanhar, e que numa voltinha nos arredores já tinha recorrido ao guincho para conseguir desatascar o MEGA-ULTRA-PODEROSO-MOTO4 !

Montámos campo e fomos procurar um restaurante, pois o Quim e a Rosalina ainda estavam cheios do almoço!

Os restaurantes apontados pelo Quim estavam fechados e arrisquei perguntar a um local onde se comia bem e barato na região! Eu nem reparei mas o Jorge diz que o local foi escolhido a dedo pois era um pintarolas, do género Tom Jones de Caminha que mais parecia ter parado no tempo pois usava vestimenta dos 70!

Sinceramente foi o primeiro que me apareceu à frente!

Lá nos recomendou o "MICHELL" em "Seixas", a 2 ou 3 km de Caminha, depois de atravessar a ponte!

Lá fomos e rapidamente demos com o MICHELL!

O restaurante estava na frente ribeirinha de Seixas. Zona arranjada toda em granito, bonito. Estava a compor-se. Até lermos o que estava escrito no toldo: " PIZZARIA MICHELL"

Então um gajo pergunta no MINHO por um restaurante bom e barato e mandam-nos para uma pizzaria! Onde é que isto já vai!

Pelo avançado da hora fomos espreitar...e entrámos num local que mais parecia uma tasca e fomos recebidos por um pequenote de cabelo oxigenado que estava por detrás do balcão e só gritava "Buona sera....de onde san?" (um misto de italiano com português...muito estranho)

Dissémos várias vezes que eramos portugueses, nas esperança que o pequenote deixasse de inventar um dialecto. Mas o homem, que descobrimos ser o MICHEL, falava mesmo assim.

Perguntámos se tinha algo mais para além de pizzas......

Michell - "tenho de tudo, pizzas, massas, bifes, tudo!"

Jorge - "E peixe? com o rio mesmo aqui ao lado deve ter peixe nao?"

Michell - "Peixe? Mas está doente?"

Já revirávamos os olhos, mas decidimos entrar na sala de jantar, onde fomos recebidos pela companheira do michell....que merecia uma descrição detalhada mas que agora não me apetece!!

Para não me alongar mais, posso dizer que acabámos por escolher o bife da casa que era o único que não levava um molho com natas! AH e tinha "obo". Pedimos os bifes mal passados e tal.

Em conversa o Jorge dizia estranhar não ouvir muitas asneiras, o que é apanágio da mulher minhota. Devia de ter estado calado pois parece que alguém tinha ligado o botão à mulher!

Lá vieram os bifes, sem "obo", ela reparou na nossa cara de espanto e perguntou se queriamos "obo" ao qual respondemos afirmativamente, recebendo rapidamente uma contra-resposta do género: "NUM HÁ" !

Adiante. O bife afinal estava mal passado demais, e o Jorge pediu para passar um pouco mais, coisa do qual se arrependeu pois recebeu a mesma resposta, tanto da senhora MICHELLA como da cozinheira brasileira -"ó porra, não pediu mal-passado?", depois lá apareceram 2 "obos caseirinhos" e um vinho verde fraquito. Depois começou a haver barulho, que passou a muito barulho e às tantas parecia porrada do lado da tasca onde estava o MICHELL (separada da sala de jantar por uma porta estilo "saloon"). O Jorge ainda se meteu com a MICHELLA e perguntou se aquele "movimento" era normal, e ficámos a saber que era o namorado da cozinheira que estava a fazer uma cena de ciúmes e que o MICHELL o queria correr dali para fora. Mas a D. MICHELLA preocupada com o bem-estar dos clientes ainda foi acalmar os animos gritando a altos pulmões (o q vale é q a porta à la saloon é perfeita em termos acustícos.......NOT) todas as asneiras possíveis e imagináveis, e desabafando que estava muito envergonhada de nos servir nestas condições. Lá despachámos as nossas mousses caseiras de pacote e pagámos um balúrdio, só para podermos sair antes que a G.N.R. nos obrigasse a ficar ali dentro para interrogatório!

Acho que o MICHELL está no guia da MICHELLin! eheheheh

Granda aventura......chiça......vamos para o Orbitur antes que isto piore!

Quando chegámos já lá estava o Paulo que ia seguir connosco no dia seguinte.

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quinta-feira, 21 de junho de 2007

Ponta a Ponta



Fui vadiar! Coloquei o corpo onde a imaginação costuma andar!

Durante 12 dias esta foi a minha montada, a minha cozinha, a minha oficina, o meu roupeiro, a minha igreja, a minha casa!



Report e mais fotografias para breve!


sexta-feira, 18 de maio de 2007

Na rota do Che...

O amigo Leotte e a sua lindíssima esposa continuam a viver o dia-a-dia em cima da "poderosa" na América do Sul. A minha inveja aumenta sempre que

vou checkar o seu BLOG

Go Leotte's........










quinta-feira, 10 de maio de 2007

Bullet cam

Prendi a máquina de filmar do Lidl à fita dos óculos no capacete....


Viajar de mota

Pelo meu amigo Carlos Cordeiro, viajante de mota que escolheu a Pan European para sua companheira de estrada. Possuí o dom da palavra, e no texto a seguir descreve o que sente a viajar...de mota claro! Um grande abraço.

"Ao viajar com a minha moto, o papel que desempenho é o que a moto me confere, o de motociclista e de viajante. Não outros. Sou, então, na medida em que viajo de moto, sempre que os outros assim o reconhecem.


A minha imagem altera-se, quando viajo de moto. Vestuário, alegria, poeira, bagagem, cansaço, curiosidade, misturam-se de forma exclusiva. A estética de viajante de moto expõe-me, distingue-me, é cartão de visita simples, agradável e seguro.


É da natureza que me aproximo quando, de moto, circundo as falésias durienses, trepo os Alpes ou sulco os diques holandeses. Estou ali, à distância de uma viseira, entre os odores, envolvido pelos sons, a olhar a paisagem. Ao viajar de moto, chego-me ao palpitar da cultura, quando entro em contacto com os aldeãos do Sul de Marrocos, paro para ouvir um cante alentejano, invado habitações trogloditas milenares no Perigod, escuto falar mirandês, troco impressões com “Motards en Colère”.


É liberdade que sinto, quando a moto me faculta ultrapassar os congestionamentos de Bordéus, me dá espaço cativo nos barcos para Tróia, permite lugar de estacionamento nos jardins do Casino do Mónaco ou nos Campos Elíseos, me antecipa portagens, ou fica ali, à minha vista.Quando viajo de moto, a comunicação com outros viajantes de moto é espontânea, a saudação e a troca de informações, imediata; o casal idoso do sidecar BMW incentiva-me a progressão na serra Nevada, o velejador francês da Goldwing convida-me para o bar em Annecy; o alemão da 650 acompanha-me na costa mediterrânea, o casal dinamarquês em Sion confessa-me estar em viagem há dois meses...


Aos locais, fascina o viajante de moto; uma criança marroquina acena-me longamente da traseira de um automóvel, um velhote sevilhano vem comigo ao outro lado da cidade, um austríaco em suspensórios deseja-me boa viagem, um pastor nos campos alentejanos de Ferreira cumprimenta-me de braço esticado.


Ao viajar de moto cumulo poder. Não para usurpar dos lugares ou hierarquizar relações, mas para desfrutar do espaço e me aproximar dos outros, para me associar à natureza e à cultura.


Viajar de moto é um pedaço de vida."

Carlos em Marrocos na companhia de Paulo Mafra

autores do livro "Viajar de moto, Destino Europa"



terça-feira, 8 de maio de 2007

Lousã - Estrela 2007


Após algum tempo sem actualizações apresento um pequeno relato do passeio do último fim-de-semana.

Considerado já um clássico nos Nomads, este ano o passeio ganhou nova configuração com o Guimarães a propôr-nos seguir o curso do Rio Mondego desde a sua foz até à nascente!

Assim sendo começámos o passeio na Figueira da Foz, seguindo a Lezíria do mondego até Coimbra.

Já em Coimbra, "provámos" um terródromo local (em plena cidade!!) com valas enlameadas que fizeram as primeiras vítimas!


Como combinado encontrámo-nos com outra comitiva numa rotunda de Coimbra...mas com 2 horas de atraso!!

Não admira que o pessoal começasse já a pensar na bucha do almoço!! :-)

Seguimos pelas escarpas que acompanham o rio Mondego ao longo da estrada da beira, até chegarmos perto de Penacova. Tempo para atestar motas e bucho! à beira do rio com direito a chouriço assado e tudo!

À tarde seguiram-se os trilhos da Aguieira a percorrer os vários braços da bacia hidrográfica causada por esta barragem. Subidas de declive respeitoso, recheadas de calhau solto típico de zonas de eucalipto fizeram as delícias da tarde! De tempos em tempos apanhávamos troncos soltos e muita folha....prego a fundo, para não ficar lá preso!


Hum...tenho q rever o apoio da mala do lado esquerdo!

Com algumas paragens pelo caminho chegámos a Santa Comba Dão um pouco mais tarde do que o previsto! Com jantar marcado no Albertino para as 20h, era melhor apanhar alcatrão até Folgosinho!

O troço Sta Comba Dão - Folgosinho fica para a próxima! :-(

A caminho do Folgosinho andei a testar umas filmagens com a máquina do Lidl presa na fita dos óculos...as filmagens para o dia seguinte prometiam!


Em folgosinho, jantámos no mais que conhecido "Albertino" que serve 5 pratos consecutivos, a saber Arroz de cabidela de coelho, feijoada de Lebre, cabrito assado, Leitão (falta-me um!!), depois de uns enchidos como entrada e seguidos de leite-creme, arroz-doce e requeijão com doce de abóbora. Tudo regado com branco ou tinto e até joi ;-) .


No fim pagas 11,5€ e ainda te oferecem um cafézinho e uma aguardente de medronho para o caminho! BRUTAL!

Encontrámos a "Rosa Brava" e o irmão....vedetas da reportagem da SIC!

Acampámos na Quinta das Cegonhas em Nabainhos. Muito agradável....apesar de caro!

...e sem bailarinas Russas ;-)





Após testar a tenda maravilha 1 second, estavamos prontos para subir a serra da Estrela até à nascente do Mondego!


Quer dizer....primeiro havia que ir a Gouveia atestar e tomar o pequeno-almoço....e tal... começamos a andar bastante tarde!! O único problema é que tinha horas para chegar! Afinal era o dia da mãe!



A partir deste ponto, deixei-me de me preocupar com as fotos.....a paisagem era deslumbrante, os trilhos porreiros, um grande sol brilhava mas havia uma brisa fresca a lembrar-nos que estávamos bem alto!

ah...e depois de fazer o filme, deixei cair a máquina, que depois de pisada por uma mota nunca mais foi a mesma :-(

Ainda deu para recuperar as fotos, mas não se vê nada no display!

É da maneira que deixei de tirar fotos (até parece que tinha tirado muitas!) e apreciei ao máximo a condução e a paisagem!


A nascente é conhecida como o Mondeguinho.

Ao chegar ao mondeguinho, foi altura de despedidas. Separei-me do grupo e desci até à covilhã via manteigas e o vale glaciar. (MUITO BOM....CURVAS E CURVAS sem ninguém).

Na cidade dos laníficios, atestei comi uma bucha e comecei a àrdua tarefa de rodar em velocidade de cruzeiro de 120 a 130 km/h com malas laterais pela A23 e A1 até casa.

Rodei cerca de 900km, a AT consumiu ao todo 53,72 litros, o que dá uma média de 5,96 l/100km.

(com quase 500 km de AE e malas laterais estou surpreso)

Muito obrigado pela oportunidade de ter feito este passeio com todos os presentes!

Bons amigos por maus caminhos!

terça-feira, 3 de abril de 2007

Concurso

Quem adivinhar a quem pertence a "protuberância nasal" acoplada à @ Adventure R ganha uma viagem a pé a Fátima.

quinta-feira, 29 de março de 2007

Enduro de Nakatsugawa - Japão

Num país com tão pouco espaço disponível e com tanta restrição à circulação ainda se consegue fazer uma prova de Enduro! De qualquer forma é sui-géneris, ou não fosse no país do sol nascente!

Imposto municipal



Lá vem o imposto municipal....uma vez mais sem a devida actualização de valores para os motociclos.

Eu não sou contra impostos e multas....como creio muita gente. O pior é a injustiça e a indefinição!

Em relação à injustiça, pq é q 1 mota nova com mais de 750c.c. paga 100€ de imposto municipal? (o mesmo que um carro a gasolina acima dos 1750c.c. ou um diesel acima dos 3 litros!). Não existe justificação (já interpelei vários guardas fiscais e ficam todos sem resposta). A única resposta plausível que me dão é de que é um documento que não é revisto desde os anos 70! Aí sim uma mota acima dos 500c.c. era uma "bomba" e autêntico veículo de luxo....hoje em dia não!
Mas estar 30 anos sem rever a lei e com tantos protestos é falta de vontade!

Em relação à indefinição é o estarmos com um pé na Europa e outro em África! e o pior é que nunca sabemos em que continente estamos em dada altura! Passamos grande parte do ano em África: fico dias e dias sem ver um polícia, não multam tunnings e motas sem espelhos e matrículas ridículas e de repente lembram-se que isto é a Europa e tocam a multar motas sem selo em fim-de-semana da concentração de Faro e a fazer esperas em dias de festança!! Onde é que ficamos?
Façam uma fiscalização coerente e contínua! Não tenham excesso de zelo, mas também não se desleixem. Assim sim o povo aprende.

ai.....hoje estaremos na Europa ou em África? Espero que em África pois estou com pouca vontade de trabalhar! ;o)




terça-feira, 27 de março de 2007

Uma mensagem da Spydonite lançou-me para mais uma história de vadiagem!

Desta vez é uma Inglesa em cima de uma Serow 225, a fazer uma trans-america e depois numa TT 250 num trans-africa. Tudo isto descrito no seu livro (já sabem o que me oferecer ;o) )



Será que vai ser uma musa para a Cristina!!